O ambiente no plateau é para gente grande
Título: O gemio de Jesus
É normal que a cidade vá para trás das grades, quando chega a noite.
Quando adolescente, ela, nascida em Ponta Belém, na mesma rua que tinha nascido há vinte anos antes, a Zelda.
Ainda que a cidade estava a sair da redação dos códigos de posturas municipais, a Margaret Teacher andava com a túnica de borracha a apagar o rabo das palavras.
Enquanto rabisca o diário do corsário, fazia alguns questionamentos, do porquê que o plateau está sempre a dar costas ao Atlântico, ela aprendia a subir o plateau acima, Ingleses tipo Frances Drake, entendem bem disso, subir e retirar sem licença para engordar as grandes questões do capitalismo e da primeira república.
Reprovaram-na na primeira iniciativa de entrar na capital do país, prometeu se comportar, os senhores da cidade lhe indicava o aviso expresso num murro.
-Aqui somos inaptos para o liberalismo e não temos a opinião formada sobre o capitalismo. Provavelmente foram educados com as ideias Trotskistas, leninistas, inclusive nos dias da democracia. É difícil aos homens democratas serem pintados num murro enquanto está a frase tão salgada contra o liberalismo e capitalismo, por isso, só os homens da guerra podiam estar num murro, são e foram heróis que mataram em nome da liberdade, depois perdeu num Guiné a procura de Bissau.
Ela Branquinha, vítima dos olhares das gentes de cima, não quer morar em Ponta Belém, seja num lugar tão sagrado ou de gente sacroasantas, lá também passou um menino loiro, de cabelos longos, gerado pela luz e, por dentro, os ditongos.
Zelda Fitzgerald, trabalhou até a alta idade atrás de um balcão com sibitxi, saia, saiote, kunbinasan, sutiã, dentes de frente tudo forrado de fazenda preta.
Alegava luto a todos os vikings que morreram em Santa Luzia e as riquezas das ilhas sepultadas com os mitos, a fim de se evitar, que se habitem a ilha, por isso, lá só existe poema com asas e de barriga no chão.
Onde se encontrava nos últimos anos, nasceu o maior escândalo feito por um homem e uma mulher, sem fogo nas costas, ali foi construído um balcão para dignificar o local, onde o José tomou uma baita gata quando o menino Loiro nasceu, apesar de se ter sentido dececionado, sorriu no segundo momento e deu um djatu
- aí somada, nka kôkô nau, forti gana dá....
Todos os animais presentes espantaram ao ouvir nta dá...
O ambiente no plateau é para gente grande, e a Zelda bebia muita água espirituosa, mas, confessava que o Hemingway há de vir num bote sãovicentino para resgatar os últimos barquinhos de papel em ponta Belém deixado quando terminou de escrever o velho e o mar.
Desde de que se fez a paragem da arca em Ponta da praia, nunca mais aceitaram um pretinho demais e nem uma branquinha em demasiado, olhos verdes. Noé ficou fudido da vida, criou cabelo e passou a se chamar Tony kaia, disse ele.
- Com esse racismo dos caboverdianos, não ficarei em ponte praia.
Tomou um póre pela noite inteira e no sétimo dia, foi para o céu e ficou ao lado do menino José Maria, junto às Neves apesar de Deus Grego filho de Zeus estar a cumprir os setes oficios na terra.
É que no plateau os olhos verdes já nascem mandando no mundo e lá, quem manda é o Xeki, mesmo tendo o seu escritório ao norte da ilha, comparativamente, se entende o porquê de a Margarete Teacher gostar de liderar as andanças, as tranças e teorias refinadas. Mesmo que no seu sonho o Dali disse.
-Rinoceronte não caminha na rua pedonal, na belle époque repetia muitas vezes. Dá li, dálilili, dalllá, então Boy G Mendes se fez.
Nasceu com a cara do Xeki, entende muito bem de capital. Disse a Zelda no dia do último encontro com o Hemingway para a recolha dos barquinhos.
Assim, depois de muitas insistência nos atos de fé e covardia das formigas pontiagudas, chantagens aos homens que gostavam de um peixe frito comido pelo rabo, resolveram declarar que é em Ponta de Belém que nasceu dois homens, um negro de nome Cristo, feito pelo José, e segundos depois, nasceu um outro loiro feito na luz, de nome Jesus, gémios e estranhos. Quando começaram a falar, amanheceu e o mundo virou branco e preto.
Mário Loff
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