Para além de já ter visitado seis das nove ilhas habitadas de Cabo Verde de conhecer e 11 estados nos EUA, Ania já esteve no Canadá, México...
APRENDENDO E COMPARTILHANDO
Mas também retribuindo. Em Cabo Verde, país onde nasceu e que teve de deixar ainda criança Ania dos Reis tem desenvolvido várias atividades, principalmente como membro da associação KPA ( Kriolas Professional Association) vocacionada para ajudar cabo-verdianas a ampliar seus conhecimentos através de programas e recursos tecnológicos capazes de “conectar as ilhas” e “as ilhas ao mundo”. Ativa em varias frentes, esta jovem residente em Brockton, nos Estados Unidos, participa ainda em vários outros projetos ligados a Cabo Verde, desde a campanha “Nha Menstruação” que visa ajudar adolescentes em idade escolar a ter acesso a produtos de higiéne menstrual até a campanhas de angariação de fundo para evacuar doentes para Dakar.
APRENDER VIAJANDO
E aproveitando todas as oportunidades, desde o Liceu de Brockton até a Universidade de Masschussets Amherts onde estudou quatro anos. E foi tirando partido da flexibilidade de estudo nessa universidade estado-unidense e dos seus programas de intercâmbio que Ania frequentou o Instituto das Universidades Americanas em Barcelona, Espanha, e a Universidade de Cape Town, na África do Sul (para serem aceites os candidatos tem que preencher vários critérios, nomeadamente ter excelentes resultados académicos, o que para Ania não foi problema porque sempre seguiu o conselho da sua avo que sempre lhe dizia que a educação é essencial na vida e coisa que ninguém lhe pode tirar). E foi assim, dessa forma, que ela frequentou essas universidades por direito próprio, mas também pelo seu sonho de viajar, de conhecer novas culturas e novas vivencias, de aprender e ensinar.
SAINDO DA ZONA DE CONFORTO
Para além de já ter visitado seis das nove ilhas habitadas de Cabo Verde de conhecer e 11 estados nos EUA, Ania já esteve no Canadá, México, Espanha, Portugal, Itália, França, Emiratos Árabes Unidos, Marrocos, Reino Unido , Africa do Sul , Porto Rico, Jamaica. Varias dessas viagens ela a conseguiu de forma gratuita, pesquisando as oportunidades na Internet, mas outras ela mesma pagou com o dinheiro que conseguiu poupar enquanto estudava e trabalhava.
Viajando sozinha por esse mundo fora – quem disse que mulher não pode ? - e longe da sua zona de conforma, Ania no entanto sempre tentou evitar as “rotas turísticas”, preferindo pelo contrário, interagir com a população local e mergulhar nas suas culturas, nas suas vivências, nas suas expectativas. Não para tirar fotos para depois mostrar nas redes sociais, mas para se enriquecer a si própria, enriquecendo também as comunidades que a acolhiam.
Em cada local por onde passou diz que sempre fez questão de prestar serviço comunitário, desde ensinar crianças a falar inglês ate pintar escolas e ler para crianças em aldeias longínquas. E em cada criança desfavorecida - diz ela - vê uma versão de si mesma:
“Nem todas as crianças tem acesso a materiais escolares, à educação ou possibilidade de saírem do pais. Sou exemplo acabado de uma criança desafortunada que teve a oportunidade de ir aos Estados Unidos e de ter lutado por uma educação. E hoje tenho possibilidade de retribuir aos menos afortunados”.
É essa “retribuição” que Ania diz que vai continuar a fazer no futuro, alcançando mais crianças em diversos outros países. Partilhando esperança, mas também espalhando motivação e sentimento positivo.
Boa viagem, Ania dos Reis ! fonte:ok
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