sem a devida ARTICULAÇÃO PRÉVIA com a Direção de Ação Social.
NOTA INFORMATIVA – ESCLARECIMENTO
CMP deixa família sem resposta?
A Câmara Municipal da Praia (CMP) vem, através desta nota, reagir a informações falsas, postas a circular nas redes sociais, segundo as quais demoliu uma barraca de uma família com crianças, deixando-as ao completo abandono. Impõe-se, por isso, esclarecer:
1- A Guarda Municipal não faz NENHUMA demolição de barracas com famílias a viver nelas, muito menos com crianças, sem a devida ARTICULAÇÃO PRÉVIA com a Direção de Ação Social.
Caso contrário, a CMP não estaria a suportar o pagamento das rendas de mais de cem famílias.
Temos um exemplo claro de realojamento no bairro Cobon Fome, sito em São Filipe, em que nove famílias, estando todas sob a responsabilidade da CMP, há cerca de dois anos, até hoje não foram deixadas ao abandono.
2- A CMP informa que a referida família não habitava na dita barraca, mas sim no bairro de Alto da Glória, tendo a mesma sido beneficiada, no Centro Comunitário local, com diversas ações, sendo ainda de realçar que a filha da senhora em questão frequenta o programa Salas de Estudo.
Segundo informações dos moradores do bairro de Alto da Glória, a referida família só se deslocava àquela barraca com as crianças sempre que ouvia que a CMP estava a querer notificá-la por estar a construir uma barraca em plena época de Pandemia;
3- A CMP não pode, de forma nenhuma, ser acusada de deixar uma família sem resposta ao nível social, pois, senão, vejamos:
- De que adiantava estar a criar condições para albergar milhares de crianças no Pré-escolar com propinas baixíssimas e até, muitas vezes, isentas, garantindo refeição quente em todos os jardins infantis municipais como forma de auxiliar as famílias;
- De que adiantava criar projetos sociais, como Casa Primavera, para apoiar crianças com deficiência;
- De que adiantava garantir, mensalmente, a mais de 300 pessoas, apoio com alimentação por fazerem parte da lista da Casa Solidária, cujo único objetivo é o de apoiar pessoas num período mais curto possível de tempo no que as aflige;
- De que adiantava estar a apoiar idosos de vários bairros com alimentação, seja ao domicílio, seja através de centros de dia.
- De que adiantava criar projetos, como salas de estudo, para acompanhar crianças de bairros vulneráveis para depois deixar os seus pais ao abandono?
- De que adiantava apoiar milhares de pessoas/famílias no acesso à saúde através da realização de exames médicos inadiáveis para salvar vidas?
- Faz sentido elaborar projetos dirigidos aos sem-abrigos, abandonados à sua sorte pelos seus próprios familiares, para ser a CMP a ampará-los, vindo esta a ser acusada de deixar uma família sem teto?
- Em plena pandemia, a CMP decidiu, desde a primeira hora, abrir a Casa Abrigo Municipal, 24 horas por dia, para amparar aqueles que não têm para onde ir;
- Só neste período de pandemia, já chegámos a mais de 40 mil famílias, em 60 bairros do município, distribuindo perto de 9.000 cestas básicas para o apoio a pessoas nesta hora tão difícil?
Quanto ao Programa de Habitação de Interesse Social, antigo Programa Casa para Todos, a mais de 100 famílias, devido à sua situação emergencial, foram atribuídas diretamente as casas de Classe A, informação que até hoje a Câmara entendeu não divulgar, tendo em conta o caráter emergencial e social das famílias que precisaram dessa atribuição direta, tudo comprovado via relatórios sociais desenvolvidos por técnicos sociais.
A pergunta que fica no ar é esta:
Será que uma Câmara Municipal, que trabalha sempre a pensar nos seus munícipes, em prol dos quais tudo tem feito para melhorar as suas condições de vida, desenvolvendo políticas para as PESSOAS, deixaria, de facto, uma família em autêntico abandono como se quer dar a parecer através das redes sociais?
Com certeza que não.
A CMP tem as pessoas no centro da sua atenção e, em nenhum momento, tomará quaisquer medidas que atentem contra a dignidade das mesmas.
Digam de vossa justiça!
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