O veredicto foi lido nesta tarde de sexta-feira no Tribunal de Evry,
MÃE CABO-VERDIANA CONDENADA A SETE ANOS DE CADEIA POR TER ASSASSINADO FILHO RECÉM-NASCIDO
A acusação pedia uma pena muito mais pesada, sugerindo até a hipótese de prisão perpetua, mas os jurados terão levado em conta o fator humano e finalmente condenaram Leisami a 7 anos de cadeia por ter morto seu filho recém-nascido no dia 17 de Julho de 2017 na casa onde ela morava com o seu marido Nelson e sua filha de 5 anos.
O veredicto foi lido nesta tarde de sexta-feira no Tribunal de Evry, subúrbio de Paris.
Leisami, 30 anos e idade e natural de Cabo Verde, estava sendo julgada desde quarta-feira depois de, em Dezembro de 2017, ter confessado ao marido que asfixiou o bebe logo depois do parto porque o menino era fruto de uma relação extraconjugal que manteve em Cabo Verde pouco antes de viajar para a Franca para se juntar a ele em Novembro de 2016.
Sete meses depois, em Junho de 2017, nascia o menino e como o parto não era prematuro não haveria forma de o esconder do marido, tanto mais que o medico que a acompanhava ja a havia dito que o bebe nasceria naquela data ( Junho de 2017) Pelo meio ficou uma tentativa falhada de aborto em Cabo Verde e de acordo com as advogadas de defesa Leisami não terá contado o adultério ao marido não só por medo de represálias mas principalmente por vergonha, numa sociedade “machista e patriarcal” como a cabo-verdiana onde , disseram , o adultério masculino é muito mais bem aceite de que o adultério feminino.
De acordo com as defensoras Leisami terá traído o marido mais por despeito e por vingança porque ela sabia que o marido também a traia à distancia. Terá preferido não contar ao marido não porque sua integridade física pudesse vir a estar em jogo ( o que nunca esteve em causa ) mas sim por vergonha e medo de vir a ser socialmente marginalizada.
POLÍTICA DE AVESTRUZ
Durante sete meses Leisami terá portanto carregado sua culpa, preferindo fazer a política de avestruz fazendo por acreditar que esse bebé, embora não sendo, podia ser filho de seu marido. Até o dia do parto... Nesse dia, disseram seus defensores, a vida de Leisami desmoronou. Não só sua vida, mas também seu casamento, seu sonho de uma vida melhor. Caso seu marido a pusesse na rua não teria para onde ir. E é claro que Nelson, disseram suas defensoras, Nelson não tinha o poder de vida ou de morte sobre ela, mas tinha o poder de manda-la de volta para Cabo Verde...
..E finalmente foram essas circunstâncias atenuantes que acabaram por ditar a sentença e, depois de sair da cadeia, daqui a sete anos, Leisami poderá recomeçar sua vida mas o remorso e a culpa interior, essas...essas certamente a acompanharão para sempre. fonte:ok
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