É Edson da Veiga
ESTUDANTE QUE REGRESSOU DA CHINA DIZ QUE ESTA A FAZER QUARENTENA EM CASA
É Edson da Veiga, natural de ilha de Santiago, e um dos poucos estudantes cabo-verdianos na China que ja regressou depois do surto de coronavirus.
Edson diz que esta a acompanhar escrupulosamente as orientações das autoridades sanitárias de Cabo Verde e que por isso não sai de casa desde que regressou domingo passado da China . Para nao por em risco a saude de outras pessoas Edson disse que logo que adquiriu a passagem para regressar avisou a Embaixadora de Cabo Verde na China pedindo-lhe para que ela, por sua vez, avisasse as autoridades em Cabo Verde.
Numa entrevista ao jornal Terra Nova este estudante de eletrónica numa universidade de Beijing não apresenta sintomas de coronavirus mas manifestou-se contudo preocupado com a saúde psicológica dos colegas que ficaram na China e que, segundo ele, vivem momentos de medo e de insegurança, embora esse sentimento possa variar de universidade para universidade. O isolamento, o fake news, a ausência familiar e sobretudo a falta de respostas concretas podem, segundo ele, abalar o espírito desses estudantes deixando marcas profundas mesmo no futuro.
ESTUDANTES EM WUHAN PEDEM RESPOSTAS URGENTES DE CABO VERDE
Numa segunda carta datada de 03 de Fevereiro e enviada à Embaixadora de Cabo Verde na China e ao próprio ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, os 15 estudantes cabo-verdianos que estão de quarentena na cidade chinesa de Wuhan dão a entender que ainda não receberam nenhum apoio das autoridades cabo-verdianas e perguntam como é que o governo pretende acompanhar, à distancia, a evolução da situação, tanto mais sabendo que Wuhan é hoje uma cidade isolada. No caso de um estudante ser infetado, querem saber quais as medidas práticas a serem tomadas.
O governo de Cabo Verde, na pessoa do ministro Luís Filipe Tavares, havia negado a evacuação desses estudantes alegando, nomeadamente, que uma eventual evacuação contrariava frontalmente as diretivas das autoridades da República Popular da China e da OMS. Nesse sentido, os estudantes questionam se as referidas diretivas “variam de país para país, ou se só se aplicam aos estudantes cabo-verdianos de Wuhan”, isto porque, escrevem, “tem-se assistido a evacuações diárias de cidadãos estrangeiros para os seus países de origem, com apoio total dos seus respetivos governos”.
CONDENADOS A FICAR ?
Os referidos estudantes ainda perguntam por quanto tempo as autoridades cabo-verdianas pretendem deixá-los no Wuhan, ou se estão condenados a ficar, como se já estivessem infetados pelo vírus, enquanto assistem à distancia a entrada em Cabo Verde de pessoas provenientes de países onde já existem casos confirmados de infeção . Para concluir afirmam que têm ainda assistido a várias declarações que contradizem aquilo que foi utilizado como justificativa para lhes recusar o pedido de evacuação. fonte:ok
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