Para combater esse fenómeno precisa-se, pois, muito mais de que dizer “BASTA”.
Vamos partilhar
QUEM AMA NÃO MATA!
É sábado de Aleluia, 20 de Abril.
Cabo Verde inteiro se prepara para celebrar a vida celebrando a ressurreição de Cristo, mas para a família e para os quatro os filhos ainda crianças de Lígia Cruz é um sábado de morte que ha de marcar o calendário .
Lígia, 44 anos de idade, direito na foto, foi assassinada nesse sábado fatídico pelo seu companheiro Noel Costa, 33 anos de idade ( esquerdo na foto)
Para esmagar a cabeça de sua companheira e mãe de seus filho Noel usou seu próprio material de trabalho ( martelo).
Noel se entregou à Policia mas as motivações que estarão por detrás desse crime horrivel ainda não são conhecidas : Raiva? Ódio? Ciúme? Despeito? Ou será apenas um desprezo profundo pela vida humana?
NÃO BASTA DIZER “BASTA”
Lígia Cruz é mais uma vitima do que hoje se convencionou chamar “feminicídio”, um termo que, embora ainda não esteja incluído na nossa matriz penal, é considerado um crime de ódio definido como o assassinato de uma mulher por um homem pelo simples facto de ela ser mulher .
.O feminicídio ocorre geralmente em contextos culturais e institucionais de discriminação e violência contra a mulher (violência de género) que são acompanhadas por um conjunto de ações de extrema gravidade e conteúdo desumanizante como torturas físicas e psicológicas, mutilações, queimaduras, abuso sexual, ameaças e finalmente morte. .
Para combater esse fenómeno precisa-se, pois, muito mais de que dizer “BASTA”.
Precisa-se primeiro que o Estado e a sociedade em geral assumam uma vez por todas suas responsabilidades e garantam à mulher o seu direito de viver livre da violência e de maus tratos (
Rondando à volta de 2.500 casos por ano, a Violência Baseada no Género VBG é, depois das ofensas corporais, o segundo crime mais frequente em Cabo Verde)
Os números são de facto assustadores, e pode-se perguntar se a atuação do sistema de justiça é suficiente para evitar esses crimes... É claro que ainda existem as tais redes de atendimento, os tais centros de apoio e os tais números grátis para ligar, mas será que de facto resultam?
O que leva a mulher a não denunciar os abusos, preferindo ficar calada num jogo de vida ou de morte?
A justiça cabo-verdiana ainda continua a catalogar o massacre de mulheres como crime passional, o que significa que ainda se precisa aprender muito mais sobre a PAIXÃO e principalmente sobre o AMOR... Porque quem ama não mata... Quem ama...ama.
“QUEM AMA NÃO MATA” é um slogan forte que é utilizado em outras paragens como forma de protesto ao crime, mas o que importa?
Se sua luta é por um Cabo Verde livre da violência de género partilhe.
Se sua luta é por um Cabo Verde livre de “morti matadu” também partilhe. ...Em nome de Lígia, mas também em nome de todas as outras que morreram e daquelas que identificadas ou não sobrevivem diariamente ao drama da violência machista.
É em nome delas, em nome das vitimas do feminicídio e das vitimas da VBG em geral , é em nome delas que pedimos menos burocracia e sobretudo mais ação concertada para combater esse mal .
A tarefa é de todos: Do Estado, do Governo, da policia, dos juízes , dos políticos mas é também tarefa nossa tarefa sua .
RIP Ligia. Tua morte não será em vão . Fonte:ok
QUEM AMA NÃO MATA!
É sábado de Aleluia, 20 de Abril.
Cabo Verde inteiro se prepara para celebrar a vida celebrando a ressurreição de Cristo, mas para a família e para os quatro os filhos ainda crianças de Lígia Cruz é um sábado de morte que ha de marcar o calendário .
Lígia, 44 anos de idade, direito na foto, foi assassinada nesse sábado fatídico pelo seu companheiro Noel Costa, 33 anos de idade ( esquerdo na foto)
Para esmagar a cabeça de sua companheira e mãe de seus filho Noel usou seu próprio material de trabalho ( martelo).
Noel se entregou à Policia mas as motivações que estarão por detrás desse crime horrivel ainda não são conhecidas : Raiva? Ódio? Ciúme? Despeito? Ou será apenas um desprezo profundo pela vida humana?
NÃO BASTA DIZER “BASTA”
Lígia Cruz é mais uma vitima do que hoje se convencionou chamar “feminicídio”, um termo que, embora ainda não esteja incluído na nossa matriz penal, é considerado um crime de ódio definido como o assassinato de uma mulher por um homem pelo simples facto de ela ser mulher .
.O feminicídio ocorre geralmente em contextos culturais e institucionais de discriminação e violência contra a mulher (violência de género) que são acompanhadas por um conjunto de ações de extrema gravidade e conteúdo desumanizante como torturas físicas e psicológicas, mutilações, queimaduras, abuso sexual, ameaças e finalmente morte. .
Para combater esse fenómeno precisa-se, pois, muito mais de que dizer “BASTA”.
Precisa-se primeiro que o Estado e a sociedade em geral assumam uma vez por todas suas responsabilidades e garantam à mulher o seu direito de viver livre da violência e de maus tratos (
Rondando à volta de 2.500 casos por ano, a Violência Baseada no Género VBG é, depois das ofensas corporais, o segundo crime mais frequente em Cabo Verde)
Os números são de facto assustadores, e pode-se perguntar se a atuação do sistema de justiça é suficiente para evitar esses crimes... É claro que ainda existem as tais redes de atendimento, os tais centros de apoio e os tais números grátis para ligar, mas será que de facto resultam?
O que leva a mulher a não denunciar os abusos, preferindo ficar calada num jogo de vida ou de morte?
A justiça cabo-verdiana ainda continua a catalogar o massacre de mulheres como crime passional, o que significa que ainda se precisa aprender muito mais sobre a PAIXÃO e principalmente sobre o AMOR... Porque quem ama não mata... Quem ama...ama.
“QUEM AMA NÃO MATA” é um slogan forte que é utilizado em outras paragens como forma de protesto ao crime, mas o que importa?
Se sua luta é por um Cabo Verde livre da violência de género partilhe.
Se sua luta é por um Cabo Verde livre de “morti matadu” também partilhe. ...Em nome de Lígia, mas também em nome de todas as outras que morreram e daquelas que identificadas ou não sobrevivem diariamente ao drama da violência machista.
É em nome delas, em nome das vitimas do feminicídio e das vitimas da VBG em geral , é em nome delas que pedimos menos burocracia e sobretudo mais ação concertada para combater esse mal .
A tarefa é de todos: Do Estado, do Governo, da policia, dos juízes , dos políticos mas é também tarefa nossa tarefa sua .
RIP Ligia. Tua morte não será em vão . Fonte:ok
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