O Instituto da Criança e do Adolescente (ICCA) garantiu hoje que as cinco crianças da localidade de Chão Bom (Tarrafal), que se encontravam a viver sozinhas com a morte do pai, já estão sob cuidados da mãe.
O delegado do ICCA em Santiago Norte, Lino de Carvalho, falava em declarações à Inforpress, na sequência de uns vídeos que tem circulado nas redes sociais, pedindo apoio para essas crianças, sendo cinco menores de idades, que passaram a viver sozinhas após o internamento hospitalar do pai Florenço Rocha da Lomba, no início do mês, no Hospital Regional de Santiago Norte, em Santa Catarina.
Nesses vídeos, uma das filhas, Cíntia, mais conhecida por Tatta, de 18 anos, mostrava-se preocupada pelo facto de ter sob a sua responsabilidade cinco crianças e não ter condições de alimentá-las.
Segundo o delegado do ICCA, no dia 05 deslocaram-se à casa dessas crianças para analisar qual seria a resposta técnica para o caso à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Convenção dos Direitos da Criança, isto é, se era necessário aplicar o artigo 113 do ECA.
De acordo com a alínea 02 desse artigo sobre os procedimentos imediatos, o ICCA retira a criança ou o adolescente da situação de perigo em que se encontra e assegura a sua protecção de emergência em centros adequados, em famílias de acolhimento ou local alternativo.
Entretanto, constaram que, de imediato, não seria necessário colocar as crianças nos centros, uma vez que estas já estavam sob os cuidados da mãe e da tia, as quais se comprometeram em ficar com eles até o regresso do pai que estava hospitalizado, mas que acabou por falecer no dia 10 de Abril.
Diante desta situação, informou que continuaram a seguir o caso e a trabalhar em parceria com a Câmara Municipal do Tarrafal, através da vereadora para a área social, e com a Aldeia Infantil SOS de Assomada, no sentido de encontrarem uma “melhor solução”.
Por parte da autarquia, Lino de Carvalho disse que estes se comprometeram em reforçar o apoio assistencial e dar seguimento ao caso, e que ainda estão a analisar a possibilidade de alojar essa família num dos apartamentos do complexo habitacional “Casa para Todos”.
“Falamos igualmente na hipótese de a câmara conseguir um emprego à mãe das crianças, logo no momento a seguir ao período de nojo”, disse.
Este responsável garantiu que o ICCA vai continuar a acompanhar o caso e a fazer o trabalho e “articulações devidas” para que a respectiva família consiga ter “melhores condições” de vida que, de momento, “não são boas”.
Neste momento estão a decorrer vários pedidos de apoio no país e na diáspora e actividades para angariação de fundos, como é o caso de um show solidário que acontece esta sexta-feira, 13, no espaço Joe Angelos, na Cidade de Brockton, nos Estados Unidos da América, organizado pelo Brockton DJ e Brockton Promotoers.
A Inforpress constatou que nas redes sociais tem circulado rumores de que a mãe regressou à casa por causa dessa onda de solidariedade, mas o delegado do ICCA afiançou de que isso não corresponde à verdade, visto que a mãe saiu de casa por sofrer de maus tratos por parte do companheiro e que decidiu voltar ao ver que o pai estava internado e que as crianças estavam sozinhas.
Lino de Carvalho apela aos cabo-verdianos para que continuem a apoiar esta família, que precisa de melhores condições.
AM/AA, por:Inforpress
Nesses vídeos, uma das filhas, Cíntia, mais conhecida por Tatta, de 18 anos, mostrava-se preocupada pelo facto de ter sob a sua responsabilidade cinco crianças e não ter condições de alimentá-las.
Segundo o delegado do ICCA, no dia 05 deslocaram-se à casa dessas crianças para analisar qual seria a resposta técnica para o caso à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Convenção dos Direitos da Criança, isto é, se era necessário aplicar o artigo 113 do ECA.
De acordo com a alínea 02 desse artigo sobre os procedimentos imediatos, o ICCA retira a criança ou o adolescente da situação de perigo em que se encontra e assegura a sua protecção de emergência em centros adequados, em famílias de acolhimento ou local alternativo.
Entretanto, constaram que, de imediato, não seria necessário colocar as crianças nos centros, uma vez que estas já estavam sob os cuidados da mãe e da tia, as quais se comprometeram em ficar com eles até o regresso do pai que estava hospitalizado, mas que acabou por falecer no dia 10 de Abril.
Diante desta situação, informou que continuaram a seguir o caso e a trabalhar em parceria com a Câmara Municipal do Tarrafal, através da vereadora para a área social, e com a Aldeia Infantil SOS de Assomada, no sentido de encontrarem uma “melhor solução”.
Por parte da autarquia, Lino de Carvalho disse que estes se comprometeram em reforçar o apoio assistencial e dar seguimento ao caso, e que ainda estão a analisar a possibilidade de alojar essa família num dos apartamentos do complexo habitacional “Casa para Todos”.
“Falamos igualmente na hipótese de a câmara conseguir um emprego à mãe das crianças, logo no momento a seguir ao período de nojo”, disse.
Este responsável garantiu que o ICCA vai continuar a acompanhar o caso e a fazer o trabalho e “articulações devidas” para que a respectiva família consiga ter “melhores condições” de vida que, de momento, “não são boas”.
Neste momento estão a decorrer vários pedidos de apoio no país e na diáspora e actividades para angariação de fundos, como é o caso de um show solidário que acontece esta sexta-feira, 13, no espaço Joe Angelos, na Cidade de Brockton, nos Estados Unidos da América, organizado pelo Brockton DJ e Brockton Promotoers.
A Inforpress constatou que nas redes sociais tem circulado rumores de que a mãe regressou à casa por causa dessa onda de solidariedade, mas o delegado do ICCA afiançou de que isso não corresponde à verdade, visto que a mãe saiu de casa por sofrer de maus tratos por parte do companheiro e que decidiu voltar ao ver que o pai estava internado e que as crianças estavam sozinhas.
Lino de Carvalho apela aos cabo-verdianos para que continuem a apoiar esta família, que precisa de melhores condições.
AM/AA, por:Inforpress
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