Jovem acusa policiais por falta de autoridade e intervenção
Inconformado pela falta de profissionalismo e autoridade dos policiais em causa, Fábio revela a este diário digital que dirigiu-se à Esquadra Policial de Palmarejo, que dista a escassos metros do local onde se encontravam os dois agentes, remetendo uma queixa contra o atacante.
“Estou estupefacto e indignado com estes dois agentes da Policia de Intervenção, que não souberam nem sabem acudir e responder às situações que possam pôr em causa a integridade física de um cidadão», criticou a vítima.
Ao asemanaonline, o jovem informa que ele, seu irmão mais velho e seus pais, estão sendo ameaçados de morte diariamente por aquele suposto perseguidor, para além de terem sofrido agressões físicas pelo mesmo indivíduo. Tanto é que, segundo a nossa fonte, esta é pela quarta vez que este agregado familiar tem apresentado queixa contra “Dany” na Esquadra Policial de Palmarejo, sem no entanto, ser notificado para ser ouvido em declarações e apurar os factos.
Aliás, para este denunciante, os agentes da Polícia Nacional devem promover a segurança e ordem pública para o próprio bem-estar da colectividade e não um terror ou mal necessário.
“No seu quotidiano devem investigar, proteger o bem, combater o mal, gerenciar crises, aconselhar, dirimir conflitos, evitar o crime, fazer a paz e regular as relações sociais”, sugere o interlocutor deste jornal.
Este jornal promete, no entanto, recolher a versão da Policia Nacional sobre as acusações referidas. É que devido ao adiantado da hora do fecho desta edição de fim-de-semana, foi impossível recolher as reações dos policias visados ou seus superiores hierárquicos.
Criminalidade e insegurança na Praia
Entretanto, pelo volume de criminalidade e insegurança registado em Cabo Verde, sobretudo na Capital do País, Fábio é da opinião que se estabeleça parâmetros de actuação das entidades de segurança pública, restaurar e promover a educação, a saúde e todos os direitos de um cidadão. Defende que o estado deve ainda fomentar a ajuda aos mais necessitados, assegurar o cumprimento da lei, salvaguardar a propriedade, preservar os bons costumes e dignificar a família. Ou seja, em resumo, deve “inibir os factores que geram o descontentamento e as divergências de classes, para que tenhamos uma sociedade mais justa e condizente com a natureza humana”.
De referir que,entre 2016 e 2018, a Cidade da Praia registou dezenas de homicídios e desaparecimento de sete pessoas - quatro das quais crianças.Para alguns investigadores nacionais, esses factos contribuem “bastante” para que as populações fiquem com medo, “e o pior é que muitos já não confiam na segurança pública”.
Diante de tudo isto, pessoas de vários bairros da Capital mostram-se, segundo o interlocutor deste jornal, chocadas com a situação de insegurança que se vive no país, pois clamam pela justiça e apelam à comunidade internacional e a própria sociedade cabo-verdiana que reajam perante tanta “atrocidade” contra cidadãos indefesos.
“Falta ao Estado de Cabo Verde criar um Plano de acções que integrem políticas de segurança e acções comunitárias em todos os níveis, de forma a prevenir o crime, reduzir a impunidade, aumentar a segurança e a tranquilidade dos cidadãos. Muito já se estudou sobre a Segurança Pública. É hora de oferecer ao povo cabo-verdiano o produto desse estudo ou, no mínimo, um modelo que contemple ações, não só prioritárias, mas também ações estratégicas que resultem na melhoria geral do Sistema Nacional de Segurança Pública”, adverte Fábio, uma das vitimas de assalto com agressão na Capital cabo-verdiana. por:asemana
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