Mesmo reconhecendo o papel comercial no mercado da companhia, aquele autarca defende que “ não pode ser ignorada ou passar por cima de valores que nos têm ajudado a projetar extramuros, fazendo com que estejamos sempre nos holofotes do mundo”.
Em nota, José Luís Santos faz questão de realçar que tinha que tomar uma posição pública sobre este caso enquanto principal responsável da ilha das Dunas. “Não gostaríamos de o ter presenciado e sermos obrigados a relatar o que vos apresentamos de seguida, mas fazemo-lo não só por dever de ofício, mas também e principalmente pela nossa condição Humana.Sim. Antes de ser considerado um direito em algum lado, constitucional, legal ou outro, na nossa perspetiva é uma questão de dignidade humana dar primazia a uma ou a um doente para embarcar numa Companhia Aérea qualquer, sem ter que disputar o lugar com a(o) passageiro(a) saudável. Isto desde que devidamente comprovada essa condição da pessoa visada”.
Conforme diz o autarca, passar por cima desse dever moral e obrigar uma pessoa/Doente a socorrer-se de um Yate para viajar de urgência é “inconcebível e inaceitável nos dias que correm”.
“Chamados ao local para testemunharmos um ser humano a ser transportado nas condições em que pudemos constatar, praticamente entre a vida e a morte, porque, apesar de a Companhia Aérea Binter ter sido avisada previamente consoante nos garante a Delegacia de Saúde, o doente não conseguiu a complacência da instituição muito menos de nenhum dos passageiros saudáveis.Tudo isso é, para nós e para a maioria dos munícipes, uma enormidade, que não deveria fazer escola na nossa ilha nem no pais que se quer credível e que graças à sua gente tem guindado patamares importantes na arena regional e mundial”, descreve.
Revolta e pedido de intervenção das autoridades
Mesmo reconhecendo o papel comercial no mercado da companhia, aquele autarca defende que “ não pode ser ignorada ou passar por cima de valores que nos têm ajudado a projetar extramuros, fazendo com que estejamos sempre nos holofotes do mundo”.
É que, segundo ele, fontes do Centro de Saúde da Boa Vista teriam confirmado que não é a primeira vez que situações dessa natureza acontecem naquela ilha. Segundo diz a mesma fonte, já se chegou ao ponto de muitas vezes a própria Delegada de Saúde e ou familiares dos doentes se deslocarem ao aeroporto, na tentativa de convencer o passageiro a ceder seu lugar ao doente para poder viajar.
“Convictos de estarmos representando a revolta e o descontentamento generalizado dos Munícipes desta ilha, apelamos ao bom senso e à razão da Administração da Companhia Binter e às entidades competentes na matéria, no sentido de rever essa situação, ajudar na resolução desta que tende a ser uma indignação geral da população, disponibilizando-nos, enquanto responsáveis máximos desta parcela do território nacional, para juntos encontrarmos as melhores soluções e que de facto a ilha possa estar na boca do mundo, apenas pela sua beleza, seu encanto e outros aspetos positivos, mas não pelas piores razões”, conclui o Edil na nota que colocou na página oficial da Câmara da Boa Vista no facebook. por:asemana
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