O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, disse hoje que o ano que ora termina foi de muita luta, de desafios e de consolidar os ganhos conseguidos.
Jorge Carlos Fonseca deixou uma mensagem de conforto aos homens e às mulheres do mundo rural, que estão a sofrer por causa do mau ano agrícola, e encoraja-os a resistir a essa adversidade, pois acredita que com os apoios mobilizados e disponibilizados pelo Governo e com a coragem desses homens vão conseguir vencer mais uma adversidade.
Neste sentido, estimulou o Governo a prosseguir com determinação o apoio a este sector da sociedade e a intensificar os esforços para encontrar soluções definitivas para a elevada “crónica vulnerabilidade” do país, adveniente da irregularidade das precipitações.
Entretanto, agradeceu o apoio e a solidariedade da cooperação internacional para apoiar de forma rápida as famílias afectadas.
O PR destacou ainda a entrega dos profissionais de saúde na luta e no combate ao surto de paludismo, com o objectivo de em 2020 possam elimina-los.
Realçou ainda a comemoração dos 25 anos de vigência da Constituição da República e o facto de o país ter sido considerado a primeira democracia em África, por uma organização internacional, acontecimento que, segundo disse, dá prestígio ao país, credibiliza as instituições e aumenta a confiança dos parceiros e agentes económicos.
Ainda para o ano que ora finda, Jorge Carlos Fonseca realçou algumas conquistas, como o aumento de salário mínimo para 13 mil escudos, a descentralização do poder para as autarquias e o reforço dos meios, a formação gratuita as pessoas com deficiência, o fomento a emprego jovens e a promulgação do Orçamento do Estado para 2018.
Apontou ainda como ganho de 2017, o alargamento e a consolidação da parceria especial com a União Europeia.
Apesar dos esforços desenvolvidos, Jorge Carlos Fonseca lamentou o facto de Cabo Verde não ter conseguido alcançar os objectivos da presidência da comissão da CEDEAO, mas mesmo assim, assegurou que isso “não faz alterar a exigência do percurso do país e da vontade de participar activamente na construção dessa comunidade”.
Para Jorge Carlos Fonseca, a economia vem ganhando alguma vitalidade, facto que considerou ser encorajador, entretanto “não é suficiente”, pois, ao seu ver, é preciso que os ganhos da economia beneficiem todos os cidadãos, as comunidades, todas as ilhas e os concelhos, especialmente as comunidades mais distantes.
“A minha preocupação nesta data vai em especial para as comunidades encravadas, isoladas, para os bairros periurbana degradados, para as ilhas mais periféricas com legitima de um 2018 com mais oportunidade de emprego e de realização profissional” disse, realçando que acredita que existe vontade política para crescer mais a economia, de criar ambiente de negócio, e de crescimento do emprego, mas para isso defendeu é preciso que o país seja “mais ambicioso e mais ousado”.
Jorge Carlos Fonseca destacou ainda que em 2017 não foi dado passos decisivo na exclusão económica e que as oportunidades de emprego que vão surgindo ainda não são extensivas a uma vasta parte do território, sobretudo para as pequenas comunidades.
Ainda, lamentou o facto de o país não ter conseguido “grandes conquistas” em matéria de discriminação e da intolerância face as diferenças, da exclusão social, da exclusão económica e cultural.
O ano de 2018, para o Presidente da República , exigirá muito trabalho, muita luta, muita determinação e será um ano de muitas realizações.
“A batalha do desenvolvimento inclusivo e do aprofundamento da democracia terá de prosseguir com opções mais claras e mais objectivas. Não temos muito tempo a perder. A expectativa da sociedade cabo-verdiana continuam muito elevadas e os desafios também”, sublinhou.
Jorge Carlos Fonseca espera que as recentes remodelações governamentais venham a contribuir para a resolução dos problemas que afectam o povo cabo-verdiano.
AM/JMV, por:Inforpress
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