Cabo–verde hoje, precisa criar, construir e exportar, um país só começará a crescer se começar a exportar, exportar o quê? E para exportar tem de criar ou construir!
MAS, COMO?
Segundo documentos, Cabo-verde foi descoberto em 1460 pelos Portugueses e em 1462 deu-se o processo de ocupação, a primeira ilha a ser ocupada e habitada foi a ilha de Santiago. Só em 1975 comemorou-se a independência de Cabo-verde, proclamada a 5 de julho do mesmo ano.
Contabilizando podemos afirmar que foram aproximadamente 500 anos de colonização e exploração. A independência foi algo necessária, ela não se efetuou através da “diplomacia da paz”, mas, sim através da luta armada (tendo como o lema “Unidade e Luta”).
É de parabenizar este feito de alguns homens corajosos, destemidos e comprometidos com a pátria, fizeram o que era necessário fazer, e alcançaram resultados, mesmo não sendo o meio desejado para o fim que alcançaram ou alcançamos. Tivemos de fazer porque queríamos e queremos “Pensar pelas nossas próprias Cabeças” – Amílcar Cabral.
Mais tarde, após 15 anos da implementação da primeira Republica, alguns outros homens viram a necessidade da implementação da Democracia (anos 90), houve luta travada, uma dialética entre a “legitimidade histórica” (combatentes da liberdade da pátria) e a “legitimidade do Saber” (quadros de Lisboa). O primeiro contexto exigiu a independência e num segundo momento, também exigiu que o País não dependesse apenas da decisão de uma minoria ou apenas de um partido, também é de parabenizar esses homens, com a implementação da segunda republica, tendo por base a liberdade de expressão, pluralismo de opinião e multipartidarismo.
Mas, hoje em 2018 Cabo-verde precisa ser marcada pelo um terceiro momento, não a implementação da terceira republica, mas, uma mudança radical em termos económicos e em termos da economia, e que se houver resultados acredito que haverá, então terá impactos em todas as esferas sociais da sociedade, haverá mais paz e amor!
Cabo–verde hoje, precisa criar, construir e exportar, um país só começará a crescer se começar a exportar, exportar o quê? E para exportar tem de criar ou construir! É lamentável, desde que estudei a muitos anos atrás, a nossa balança comercial era deficitária e continua a ser uma balança comercial deficitária.
É inadmissível, em termos de grandes construções de infraestruturas internas, em Cabo-verde, sempre termos empresas estrangeiras e o seu “staff” na execução da infraestrutura, onde estão os nossos engenheiros e arquitetos? As empresas estrangeiras chegam cá tomam dinheiro e levam para o exterior, assim o país empobrece!!
Os nossos engenheiros e técnicos em diversas áreas em Cabo-verde não inventam nada? Nem uma agulha, um eletrodoméstico, inseticida, um remedio? Questão a ser respondida, E se não inventam é por qual motivo? Onde estão os formados na área económica, queremos que pensem a forma da melhor integração económica de Cabo-verde num contexto global! Estes questionamentos não é para ferir sensibilidade de ninguém, mas, sim para despertar o espirito inovador e criador dentro de nós!
Temos de ter amor a pátria e amor ao nosso povo!
Temos de pensar na possibilidade de exportação, porque é possível chegar a lugares inesperados e surpresos. Podemos qualificar os nossos profissionais e exportar para o interior da Africa, como por exemplo CEDEAO, a Cuba é um exemplo da exportação de quadros para exterior, e temos vários licenciados com desejos e capacidades de trabalhar em outros países, por que não vão? Carência de acordos. Podemos controlar os nossos mares e as suas riquezas (peixes, por que não ser nós a exportar os nossos peixes para mercados estrangeiros, como a Asia, muitos peixes e mariscos valem uma fortuna no mercado asiático). Porque não somos capazes de produzir alimentação pelo menos que dá para o consumo da população em que diminuíamos consideravelmente a importação de alguns produtos de alimentação? Estes são alguns questionamentos de um Cabo-verdiano, que ama Cabo-verde, quer ver cabo verde desenvolvido e com problemas de desemprego resolvido. Temos de pensar ou repensar a politica de empreendedorismo, a fomentação de negocio, politicas empresariais para empresas nacionais e estrangeiras! Temos de incentivar e criar condições para empresas nacionais.
Algo extremamente importante para o progresso económico, promover o nacionalismo e o patriotismo (não existem “badius” e “sampadjudus”, mas, sim Cabo-verdianos). Hitler no seu livro a “Minha Luta”, afirma: não vi espirito de nacionalismo e patriotismo na Áustria, assim
como vi na Alemanha.
Brasil era colonia de Portugal, hoje é um país desenvolvido, embora cheio de desigualdades
sociais.
EUA, era colonia da Inglaterra, mas hoje é numero um no mundo, potência mundial, superou a
Inglaterra.
Holanda, os holandeses ampliaram, não dominavam a industria do leite, mas, hoje domina.
Japão não tinha vários recursos, mas, hoje é a terceira economia no mundo.
Então podemos ser desenvolvidos e resolver o problema do desemprego e vários outros! Yes, We Can! – Barack Obama. Lema de campanha dele nos EUA.
Ruben Lobo
Formacão: Sociologia
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