A lepra é uma doença que ainda afecta centenas de milhares de pessoas no mundo, todos os anos, apesar de ter cura e tratamento quando o paciente procura terapia médica precocemente.
A afirmação é do coordenador nacional do Programa da Luta contra Doenças de Transmissão Sexual incluindo o VIH/SIDA, Tuberculose e Lepra, Jorge Barreto Noel, em declarações à Inforpress, no âmbito do Dia Mundial dos Leprosos, assinalado a cada último domingo do mês de Janeiro.
“Cabo Verde registou, em 2017, dez novos casos de lepra, apesar da doença não constituir um problema de saúde pública. Mas, a lepra não deve ser esquecida pelo estigma a que os doentes são alvo quando existem sequelas por ser tratado tardiamente”, disse o especialista.
A data que este ano se assinala sob o lema “65º Dia Mundial dos Leprosos – A Lepra Existe. Colabore na Prevenção” é, segundo Jorge Noel, uma forma de chamar a atenção das pessoas no sentido de estarem alerta, para que os pouco casos existentes não se dupliquem.
No país, indicou o médico, apesar de ter registado ganhos significativos na diminuição da incidência (casos novos), a doença continua a merecer uma atenção especial das autoridades sanitárias, com vista a minimizar os efeitos desta enfermidade crónica, junto das pessoas afectadas, e na prevenção de novas infeções.
Neste âmbito apela os profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, a estarem atentos na identificação de pessoas que podem ter lepra, e que apresentam lesões de pele ou outras manifestações da doença.
“Há mais de 25 anos, que a doença está controlada ou erradicada, segundo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS). No país o tratamento é gratuito e todos têm a possibilidade de o fazer”, afirmou.
Ainda segundo o especialista, os novos casos, têm surgido nas famílias com histórico da doença, sendo a maioria no concelho da Praia, e nas ilhas da Boa Vista e Santo Antão.
No país para assinalar a data, vai ser cumprido um programa de actividade a nível das delegacias e centro de saúde, estando ainda previsto para segunda-feira, 29, a realização de uma sessão clínica sobre lepra, a ter lugar no Instituto Nacional da Saúde Pública (INSP), na Cidade da Praia.
A hanseníase, popularmente chamada de lepra, afecta mais de 200 mil pessoas todos os anos, no mundo, pelo que a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu alertar de que esta é uma “doença esquecida”.
O alerta foi feito por Alice Cruz, relatora especial da ONU para a Eliminação da Discriminação Contra Pessoas com Lepra, em comunicado divulgado, quinta-feira.
Ao pedir que os doentes sejam tratados com respeito e que sejam eliminados os estigmas que ainda marcam a hanseníase, Alice Cruz lembra que a Índia, o Brasil e a Indonésia registram o maior número de casos da doença no mundo.
Além destes países, para as Nações Unidas, Bangladesh, República Democrática do Congo, Etiópia, Madagáscar, Moçambique, Mianmar, Nepal, Nigéria e Filipinas são alguns dos 22 países em que a doença exige atendimento médico emergencial.
Perante os inúmeros casos da doença que ainda surgem todos os anos, a relatora especial da ONU afirmou que é preciso tratar o problema o mais breve possível, para evitar a incapacitação dos doentes, sublinhando que “ninguém com esta patologia deveria chegar à incapacidade”.
O mal de Hansen é uma doença infecciosa crónica, que tem cura desde os anos 80 quando tratado adequadamente. É uma doença com grande período de incubação, pois, os bacilos reproduzem-se lentamente e atinge as pessoas pelo contágio, em especial as que sofrem de desnutrição, falta de água potável e baixos padrões de higiene.
Em 1873, Hansen, um jovem médico norueguês, conseguiu detectar, em matéria orgânica retirada dos doentes de lepra, uns estranhos filamentos que a Ciência confirmaria depois como os agentes causadores da doença: os bacilos de Hansen.
A descoberta foi de grande alcance histórico e médico, já que se começou a fazer, em 1941, os primeiros medicamentos eficazes na luta contra a lepra.
O Dia Mundial dos Leprosos assinala-se no último domingo de Janeiro, desde 1954, altura em que foi instituído pela ONU, a pedido de Raoul Follereau (1903-1977), que dedicou 50 anos da sua vida à causa dos leprosos.
A efeméride tem como objectivo levar a sociedade a reflectir sobre o sofrimento das pessoas afectadas pela doença, sensibilizar as pessoas para a discriminação exercida sobre os doentes com lepra, assim como promover a ajuda dos leprosos e a sua reintegração social.
PC/CP, por:Inforpress
“Cabo Verde registou, em 2017, dez novos casos de lepra, apesar da doença não constituir um problema de saúde pública. Mas, a lepra não deve ser esquecida pelo estigma a que os doentes são alvo quando existem sequelas por ser tratado tardiamente”, disse o especialista.
A data que este ano se assinala sob o lema “65º Dia Mundial dos Leprosos – A Lepra Existe. Colabore na Prevenção” é, segundo Jorge Noel, uma forma de chamar a atenção das pessoas no sentido de estarem alerta, para que os pouco casos existentes não se dupliquem.
No país, indicou o médico, apesar de ter registado ganhos significativos na diminuição da incidência (casos novos), a doença continua a merecer uma atenção especial das autoridades sanitárias, com vista a minimizar os efeitos desta enfermidade crónica, junto das pessoas afectadas, e na prevenção de novas infeções.
Neste âmbito apela os profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, a estarem atentos na identificação de pessoas que podem ter lepra, e que apresentam lesões de pele ou outras manifestações da doença.
“Há mais de 25 anos, que a doença está controlada ou erradicada, segundo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS). No país o tratamento é gratuito e todos têm a possibilidade de o fazer”, afirmou.
Ainda segundo o especialista, os novos casos, têm surgido nas famílias com histórico da doença, sendo a maioria no concelho da Praia, e nas ilhas da Boa Vista e Santo Antão.
No país para assinalar a data, vai ser cumprido um programa de actividade a nível das delegacias e centro de saúde, estando ainda previsto para segunda-feira, 29, a realização de uma sessão clínica sobre lepra, a ter lugar no Instituto Nacional da Saúde Pública (INSP), na Cidade da Praia.
A hanseníase, popularmente chamada de lepra, afecta mais de 200 mil pessoas todos os anos, no mundo, pelo que a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu alertar de que esta é uma “doença esquecida”.
O alerta foi feito por Alice Cruz, relatora especial da ONU para a Eliminação da Discriminação Contra Pessoas com Lepra, em comunicado divulgado, quinta-feira.
Ao pedir que os doentes sejam tratados com respeito e que sejam eliminados os estigmas que ainda marcam a hanseníase, Alice Cruz lembra que a Índia, o Brasil e a Indonésia registram o maior número de casos da doença no mundo.
Além destes países, para as Nações Unidas, Bangladesh, República Democrática do Congo, Etiópia, Madagáscar, Moçambique, Mianmar, Nepal, Nigéria e Filipinas são alguns dos 22 países em que a doença exige atendimento médico emergencial.
Perante os inúmeros casos da doença que ainda surgem todos os anos, a relatora especial da ONU afirmou que é preciso tratar o problema o mais breve possível, para evitar a incapacitação dos doentes, sublinhando que “ninguém com esta patologia deveria chegar à incapacidade”.
O mal de Hansen é uma doença infecciosa crónica, que tem cura desde os anos 80 quando tratado adequadamente. É uma doença com grande período de incubação, pois, os bacilos reproduzem-se lentamente e atinge as pessoas pelo contágio, em especial as que sofrem de desnutrição, falta de água potável e baixos padrões de higiene.
Em 1873, Hansen, um jovem médico norueguês, conseguiu detectar, em matéria orgânica retirada dos doentes de lepra, uns estranhos filamentos que a Ciência confirmaria depois como os agentes causadores da doença: os bacilos de Hansen.
A descoberta foi de grande alcance histórico e médico, já que se começou a fazer, em 1941, os primeiros medicamentos eficazes na luta contra a lepra.
O Dia Mundial dos Leprosos assinala-se no último domingo de Janeiro, desde 1954, altura em que foi instituído pela ONU, a pedido de Raoul Follereau (1903-1977), que dedicou 50 anos da sua vida à causa dos leprosos.
A efeméride tem como objectivo levar a sociedade a reflectir sobre o sofrimento das pessoas afectadas pela doença, sensibilizar as pessoas para a discriminação exercida sobre os doentes com lepra, assim como promover a ajuda dos leprosos e a sua reintegração social.
PC/CP, por:Inforpress
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