No dia que a minha cara tocar no chão, Me apanhem, como a alma que têm as frutas felizes.
Dias eram assim Fatuka
No dia que a minha cara tocar no chão,
Me apanhem, como a alma que têm as frutas felizes.
O que tem faltado é o coração das velhas coisas.
Ainda que embriaga a vivência,
Não abrirei a mão do vento a favor de um frio nos joelhos expirados.
Eu não vivo, em tom de coisas que caem.
eu sobrevivo, ao ritmo de poemas cardíacas
eu convivo, pelas vozes ocas do bairro até os olhos da vida,
A extração tem tirado de mim mesmo aquele outro ser, me clareio na noite.
Tenho fraco para a venda dos meus pés. Se me apanhem. Eu canto para as flores.
A última venda do dia será sempre a venda do mundo.
Ninguém compra o mundo,
Mesmo sendo um trapo ou um extraterrestre castanho no meu balaio.
De resto são restos mortais. E lixo!
Peço em padre-nosso ou em Santana vosso.
Me apanhem! Quero ver os passarinhos falando o nome e as frases.
-Oh Tarrafal, afinal!
-eu sou a fulana de tal? Qual é o teu mal?
No fulgor da noite ainda que o hilário cerrar as portas além do batente.
O sorriso do sortido competidor de totobola e de boca contente
Estarei sempre lá para as bandas daqueles flatos correntes de Zénite.
Me multem, me multem por mim e por excesso e esperança.
A noite me tem apanhado comutando o guarda noturno
na ausência de salario futuro e amargas águas saídas de um acido furo.
As noites da vila, tão silenciosa tão caída e tão virgem de sutiã
Por mais que implore as vestes do céu, alongo as minhas mantas pelo corpo. Tenho sentido as minhas proprias mãos.
São caidas, de resto tenho as sentido na minha vida.
rasgando o chão!
Jamais sai da alma em palavra impaciente e de lida cansada e contente.
Me apanhem. Antes da minha morte e esbanjamento da sorte.
Neste meu Tarrafal.
Mario Loff
No dia que a minha cara tocar no chão,
Me apanhem, como a alma que têm as frutas felizes.
O que tem faltado é o coração das velhas coisas.
Ainda que embriaga a vivência,
Não abrirei a mão do vento a favor de um frio nos joelhos expirados.
Eu não vivo, em tom de coisas que caem.
eu sobrevivo, ao ritmo de poemas cardíacas
eu convivo, pelas vozes ocas do bairro até os olhos da vida,
A extração tem tirado de mim mesmo aquele outro ser, me clareio na noite.
Tenho fraco para a venda dos meus pés. Se me apanhem. Eu canto para as flores.
A última venda do dia será sempre a venda do mundo.
Ninguém compra o mundo,
Mesmo sendo um trapo ou um extraterrestre castanho no meu balaio.
De resto são restos mortais. E lixo!
Peço em padre-nosso ou em Santana vosso.
Me apanhem! Quero ver os passarinhos falando o nome e as frases.
-Oh Tarrafal, afinal!
-eu sou a fulana de tal? Qual é o teu mal?
No fulgor da noite ainda que o hilário cerrar as portas além do batente.
O sorriso do sortido competidor de totobola e de boca contente
Estarei sempre lá para as bandas daqueles flatos correntes de Zénite.
Me multem, me multem por mim e por excesso e esperança.
A noite me tem apanhado comutando o guarda noturno
na ausência de salario futuro e amargas águas saídas de um acido furo.
As noites da vila, tão silenciosa tão caída e tão virgem de sutiã
Por mais que implore as vestes do céu, alongo as minhas mantas pelo corpo. Tenho sentido as minhas proprias mãos.
São caidas, de resto tenho as sentido na minha vida.
rasgando o chão!
Jamais sai da alma em palavra impaciente e de lida cansada e contente.
Me apanhem. Antes da minha morte e esbanjamento da sorte.
Neste meu Tarrafal.
Mario Loff
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