Entrevista exclusiva a Mariana Bernardes
Brasileira, alegre, divertida, gosta de "puxar os amigos para cima" quando estes não se sentem assim tão bem.
É de extremos. Ou está a rir à gargalhada ou a gritar de fúria compulsivamente. Não suporta injustiças. Uma mulher de causas. Uma feminista.
Rui Viegas (RV) - Ficaria aqui o dia inteiro a descrever uma pessoa que, posso dizer, conheci muito bem em apenas um mês. Mas isto é apenas a minha visão. Tu como é que te defines Mariana?
Mariana Bernardes (BD) - Bom.. Eu acredito que sou uma pessoa divertida. Mas você é que tem de me falar isso porque você é que morou comigo quase um mês...
RV - (interrompe) Confirmo! (risos) Continua!
MB - Cara! Eu sou bastante explosiva, quando atingem o meu limite. Aí eu não sei muito mais conversar. E o pessoal da casa viu isso.
Mas no geral eu acho que sou muito idealista, sou bastante sonhadora, muito determinada. A "parada" da minha vida é o meu trabalho, então eu acho que o meu trabalho fala mais sobre mim do que eu mesma consigo falar.
RV - E já tinhas saudades dessa tua "parada"?
MB - Nossa Cara! Demais! Era o que mais sentia falta!
RV -Tu vieste do Brasil para Cabo Verde para viver esta aventura. Como foi chegar a uma realidade diferente da tua?
MB - Cara, chegar em Cabo Verde foi uma loucura. É diferente... Para mim não foi um choque cultural tão grande. Para mim a coisa mais difícil foi deixar a minha vida aqui, onde tinha varias coisas importantes para acontecer.
RV - Mas como descreves esta aventura?
MB - Obviamente foi uma aventura incrível. Eu tive as minhas dificuldades, mas isso "foi foda" chegar para um mundo novo.
RV - Bom... Temos de falar do que as pessoas querem saber!
Tu confidenciaste-me là dentro que tinhas deixado uma "pessoa especial" cá fora. Se o tinhas porque é que te envolveste com o Walter?
MB - Eu tinha uma pessoa que eu era muito apaixonada! E quando eu soube que ia para a casa a gente acordo de ter um "relacionamento aberto". A gente sabia que tudo podia acontecer. Bom eu fui meio desamarrada.
RV - E na casa sentiste falta dele?
MB - Obviamente eu sentia muita falta dele. Você foi uma pessoa próxima de mim, você acompanhou isso tudo.
E eu me envolvi com o Walter por isso tudo, por estar muito carente e porque o Walter é meu amigo. E ele tem o crédito dele. Ele é incrível, ele é um menino muito querido, ele era um confidente meu lá dentro. Então acabou que agente se envolveu. Foi a força do destino. Aconteceu.
RV - (risos) Se aconteceu ou não é o que te vou perguntar agora.
Tu não tens noção! As pessoas acham que eu faço parte da produção e que sei tudo. E algumas perguntam-me mesmo se tu e o Walter se envolveram mesmo? E até já há quem use a expressão que eu trouxe para este programa "sabes se a Mari e o Walter fizeram o Edredoning?" E eu pergunto-te Fizeram?
MB - Agente se envolveu romanticamente mas Edredoning agente não fez porque não pode, isso não rola porque a gente não pode, daria expulsão. E o Walter sabia dessa regra e eu também.
RV - Mas eu não assinei nenhum contrato onde dissesse isso (risos).
Não foi também um pouco de estratégia para tentar chegar mais longe no jogo? Porque como eu estava sempre a dizer os casais chegam mais longe.
MB - Honestamente eu não sei realmente se foi estratégia ou não, porque a gente lá dentro entra em "maind set" que é eu vou fazer o que eu precisar para ganhar essa porra. Eu cheguei num ponto que me cansei de estar a sentir usada e sem foco no jogo.
Em alguns momentos do jogo eu estava lá só tipo, vivendo, meio de férias. No meu inconsciente isso pode ter sido uma estratégia, mas eu acredito que não.
RV - E hoje em que pé estamos? Como é que está a tua relação com o Walter? Como é que está a relação com essa pessoa que havias deixado cá fora?
MB - Hoje, a minha relação com o Walter é uma relação de amizade, porque ele está no país dele e eu no meu, cada um vivendo a sua vida. Ele sabe também do carinho que eu tenho por ele, acho que "todo o mundo" sabe, porque eu sou muito aberta em relação ao quanto eu gosto das pessoas.
E a relação com a pessoa que eu deixei aqui fora continua. Estamos aqui conversamos o que a gente tinha que conversar. E está tudo ótimo!
RV - Lá dentro tiveste alguns comportamentos violentos! És uma mulher Violenta? Porque é que reagiste assim?
MB - Eu acho até bom eu esclarecer isso! Eu tive comportamentos violentos lá dentro. Eu por natureza, não sou uma pessoa violenta. Mas uma Mulher agressiva eu sou sim! Eu vou explicar, porque a nós mulheres sempre é muito negada essa coisa de agente ter direito a nossa própria agressividade. É uma questão sistemática.
Eu não vivo com gente que me testa tanto, eu não vivo com gente que está a falando coisa ruim de mim e para mim o tempo todo.
Não é o normal na minha vida, mas agente vive uma situação lá dentro uma situação muito incomum.
RV- A certa altura declaras guerra ao Sebah e acabas por votar no Filipe, Porquê?
MB - Eu declarei guerra ao Sebah, mas isso não quer dizer que eu queria ir num paredão com o Sebah. Porque o Sebah eu sei que apesar de ele ser uma pessoa que fala as maiores nojeiras do mundo, ele tem muito público. E eu não queria ir num paredão com ele, não faria sentido. Eu tinha certeza que ia sair por isso preferi jogar de uma forma que eu pelo menos tivesse uma chance de ficar.
RV - Então achas que foi isso que te fez sair? A incoerência que possa ter passado para o publico!
MB- Eu não acho que foi isso que me fez sair não, honestamente. Talvez um pouco de falta de "empatia" do publico comigo.
Posso ter sido um pouco incoerente para os outros para mim não fui.
Eu não me sinto muito culpada não. Se o publico não gostou... Eu fiz o que tinha de fazer para me manter no jogo. Porque eu precisava muito do prémio. Ia mudar completamente a minha vida, ia pagar minhas dividas que eu preciso pagar ainda.
RV - Agora vamos levantar um pouco o astral desta entrevista (risos).
O que e quem trazes de bom desta experiência? E Porquê?
MB - Eu acho que trouxe tudo de bom dessa experiência. Tem gente que de facto não tem nada a ver com a minha vida. A Neth até uma pessoa que eu acho se ela falasse um pouco menos eu conseguiria ser muito amiga dela, porque agente tem vários pensamentos parecidos. Tirando ela e o Sebah e a Neuza por eu ter visto comportamentos dela que eu não gosto tanto, os outros eu trago de bom para a minha vida.
Mas tudo o que eu trouxe foi bom. Tudo foi aprendizado. De facto foi um bagulho que me mudou. Eu voltei para o Brasil mais adulta, mais focado nas coisas que importam para mim.
RV - A mariana também é divertida, digo-te eu que "vivi" contigo um mês, interminável (risos). Porque é que achas que isso não passou cá para fora?
MB- Você está mentindo quando diz que esse mês foi interminável. Ridículo! Porque você sabe que amou morar comigo (risos)
RV- Adoro quando me chamas "Ridículo" (solta uma gargalhada)
Lá no fundo até gostei, mas lá muito no fundo... (risos)
MB - Eu acho que a produção... Não é nada pessoal. Eu não tenho essa teoria da conspiração com a produção. Porque eu pessoalmente acho a produção do programa muito competente. Tirando uma pessoa lá que eu não acho nem um pouco competente. Que você sabe! Mas tirando isso acho todo mundo muito competente.
Dito isto, eu só acho que eles fizeram questão de passar um papel meu... Cada um tem de ter um papel é TV é como uma novela. Não brasileira fácil mas eu sou essa pessoa que faz o que quer. Mas um lado mais "maneiro" meu deixou de ser passado.
RV- A certa altura tiveste um desafio de não dizer palavrões achas que melhoras-te a tua imagem e postura a partir desse momento ou não?
MB - Esse desafio "foi foda". Eu acho que melhorou muito a minha imagem.
RV - Porquê?
MB - Porque eu não entendia que era uma coisa tão cultural assim. Aqui no Rio agente fala muito palavrão. Então era muito estranho no meu meio onde a gente fala "besteira a beça". E é chegar num local onde tem significado de palavrão mesmo!!
Melhorou muito a minha imagem. Foi ótimo!
RV - E o que farias para voltar àquela que é a nossa casa?
MB - Nada! Não faria nenhum esforço. Porque o que tem de acontecer acontece de forma natural.
RV - Então agora peço-te que descrevas todos os concorrentes que conviveram contigo numa única palavra?
MB - Filipe – “Crianção” (não é ruim) Garoto no corpo de Homem.
Ga - Inteligente e calculista
Gy - engraçado
Neuza - maquiavélica
Nair- Inocente, Inteligente e sonsa.
Neth - Fala demais
Maria-divertida
Telma – Maravilhosa, mulher e forte.
Walter - grande amigo
Sebah - Garoto, moleque de 13 anos, inseguro no corpo de homem
Rui - Ridículo (risos) Mas que eu AMO!
RV- Eu também te AMO!!
Obrigado por esta entrevista!
MB- De nada meu Ridículo!!!
(acabam a entrevista à gargalhada)
Na próxima semana entrevisto o eliminando e Telma Seidi. Ela vai contar TUDO! Prepare-se porque o melhor ainda está para vir...
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