a situação da companhia TACV é muito pior do que aquela que vislumbramos sem lupa, mas agora vamos ter que colocar a lupa
Ulisses Correia e Silva fez essas considerações hoje em declarações aos jornalistas à saída da audiência com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, no âmbito do processo de auscultação dos partidos políticos com assento parlamentar, tendo em vista a indigitação do primeiro-ministro e do elenco parlamentar.
“O que nos espera é uma parte que é muito mais complicada do que aquilo que tem sido noticiado, ou seja, porque a situação da companhia TACV é muito pior do que aquela que vislumbramos sem lupa, mas agora vamos ter que colocar a lupa e ter toda a informação para poder agir com rapidez e salvar a empresa”, frisou, explicando que ainda não começou o diálogo com o Governo do PAICV, no poder há 15 anos, para a entrega das pastas.
Segundo Ulisses Correia e Silva, o Governo devia estar “em gestão” abdicando-se assim da movimentação do pessoal, contratos, compromissos que vinculam o Estado de Cabo Verde em período eleitoral, mesmo que sem a existência de nenhum impedimento legal, por princípio, não o deveria fazer, como está a fazê-lo em relação ao programa “Casa para Todos”.
Sobre a indigitação do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva disse que o MpD já o indicou para exercer essa função e garantiu será um Governo com máximo de 12 elementos, já que o MpD quer um Executivo “eficiente e bem coordenado” politicamente, “por isso, quanto mais reduzido for o número, melhor”, frisou.
“Há poupanças que se conseguem, reduzindo o elenco governamental e a administração ligada ao cargo político, porque o que se está à procura é de soluções para que a governação seja “politicamente forte”, ter condições de liderar para a execução de programas e seja extraordinariamente eficiente em dar respostas” sustentou.
Correia e Silva insistiu ainda que a ideia é criar uma equipa no sentido de se fazer uma boa articulação e coordenação e isso só se consegue com um Governo não muito grande e com pessoas com disponibilidade de uma coordenação permanente e focalizada no essencial que é o serviço público e produzir resultados, “fazendo o país a sua economia crescerem, com uma boa participação das ilhas, criar oportunidades de emprego, reduzir a pobreza e tornar este país seguro”, indicou.
Nas legislativas de 20 de Março, de acordo com os resultados provisórios divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o MpD, liderado por Ulisses Correia e Silva, venceu o pleito, com maioria absoluta. fonte:DR/FP Inforpress/Fim
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