Tarrafal com beleza, património e sustentabilidade ambiental, o que te impede de ir adiante? Falta de cérebro; pobreza ou esquecimento?
Depois de trinta e oito anos de caserna morte lenta«prisão do campo de concentração» actual museu de liberdade no espírito dos presos políticos, a única coisa que ja não é a mesma no Tarrafal, são as ondas que deram lugar a outras suas irmãs.
Com o futuro deportado na mala dos jovens que vagam pela lusofonia lá estás Tarrafal sem, quem nem aquém...
Não direi que isso deve a uma acracia nem tão pouco a uma acrania, mas pelo simples facto de tornarmo-nos agenésicos.
Perfidamente entrasgado num envolto, que não se percebe,que nem mesmo tu apercebeste.
Um fulcro desperdiçado pelo inquinar de uma ambição insustentada e incontestada.
Seria pedir muito que tu andasses,pois sei que pernas não tens. Mas tambem pedires-me para ser insensível à tua estagnação é pedir demais...
Desde sempre à espera do seu manar, porque Tarrafal cansei de ver-te mancar.
És um cantinho regaçado de beleza, como poucos lugares do mundo e com história, uma grande história! Triste mas que valoriza o concelho.
Tarrafal com beleza, património e sustentabilidade ambiental, o que te impede de ir adiante? Falta de cérebro; pobreza ou esquecimento?
Um pequeno paraíso no norte da ilha, será que na ilha de Santiago ninguém olha para cima?
Quem deve lutar? Os filhos pela sua pátria; a Câmara pelo seu município; ou será que existe um testamento onde Tarrafal implora morrer tal e qual nasceu?
O meu concelho é muito mais de que um palco de festivais de verão e piqueniques de Agosto.
É uma vila de lindas encostas largos mares e belas paisagens! Habitadas por pessoas que precisam ser esclarecidas , instruídas e que anseiam por um passo mais adiante.
Porque um dos fortes candidatos a ser explorado, o turísmo, é considerado o concelho mais pobre de Cabo Verde. Por mérito ou por esquecimento?
Nas ruas jovens choram,na função pública funcionários reclamam, no gabinete do Presidente o assunto é mudo pelo simples facto de não ter lá ninguém.
Tarrafal poderá evoluir quando cada carenciado receber da Câmara Municipal quinze varas de ferro e trinta sacos de cimento para cobrir o quartinho de quintal? Ou entao assoalhar o chão de terra batida da casa da dona e ainda fazer a casa de banho a uma família mais numerosa? Eu não sei, apenas pergunto! Mas a minha dúvida ainda paira.
Será que Tarrafal não teve oportunidade, ou desperdiçamo-la? Tarrafal, um paraíso esquecido ou desconhecido?
Eneida Nelly, 2009
Com o futuro deportado na mala dos jovens que vagam pela lusofonia lá estás Tarrafal sem, quem nem aquém...
Não direi que isso deve a uma acracia nem tão pouco a uma acrania, mas pelo simples facto de tornarmo-nos agenésicos.
Perfidamente entrasgado num envolto, que não se percebe,que nem mesmo tu apercebeste.
Um fulcro desperdiçado pelo inquinar de uma ambição insustentada e incontestada.
Seria pedir muito que tu andasses,pois sei que pernas não tens. Mas tambem pedires-me para ser insensível à tua estagnação é pedir demais...
Desde sempre à espera do seu manar, porque Tarrafal cansei de ver-te mancar.
És um cantinho regaçado de beleza, como poucos lugares do mundo e com história, uma grande história! Triste mas que valoriza o concelho.
Tarrafal com beleza, património e sustentabilidade ambiental, o que te impede de ir adiante? Falta de cérebro; pobreza ou esquecimento?
Um pequeno paraíso no norte da ilha, será que na ilha de Santiago ninguém olha para cima?
Quem deve lutar? Os filhos pela sua pátria; a Câmara pelo seu município; ou será que existe um testamento onde Tarrafal implora morrer tal e qual nasceu?
O meu concelho é muito mais de que um palco de festivais de verão e piqueniques de Agosto.
É uma vila de lindas encostas largos mares e belas paisagens! Habitadas por pessoas que precisam ser esclarecidas , instruídas e que anseiam por um passo mais adiante.
Porque um dos fortes candidatos a ser explorado, o turísmo, é considerado o concelho mais pobre de Cabo Verde. Por mérito ou por esquecimento?
Nas ruas jovens choram,na função pública funcionários reclamam, no gabinete do Presidente o assunto é mudo pelo simples facto de não ter lá ninguém.
Tarrafal poderá evoluir quando cada carenciado receber da Câmara Municipal quinze varas de ferro e trinta sacos de cimento para cobrir o quartinho de quintal? Ou entao assoalhar o chão de terra batida da casa da dona e ainda fazer a casa de banho a uma família mais numerosa? Eu não sei, apenas pergunto! Mas a minha dúvida ainda paira.
Será que Tarrafal não teve oportunidade, ou desperdiçamo-la? Tarrafal, um paraíso esquecido ou desconhecido?
Eneida Nelly, 2009
COMMENTS