Um líder politico que se destacou por ter defendido a consulta popular, estorvando os propósitos das Nações Unidas de entregar o poder em absoluto ao PAIGC/PAICV.
Pensamentos e declarações a volta de José Leitão da Graça, ele nasceu na cidade da Praia a 30 de Novembro de 1931, morreu 13 de Setembro de 2015.
Jorge Calos Fonseca: Acabo de saber da morte de José Leitão da Graça, após doença prolongada.
O nacionalista convicto, o lutador determinado e singular pela causa da independência do país. Um amigo mais velho, coerente e firme na amizade e na solidariedade, mas igualmente na defesa de ideias e de princípios.
Lembro-me ainda de uma visita ao Senegal para umas Jornadas de cultura Senegal-Cabo Verde no ano de 1999 (ou 2000), em que eu, Leitão da Graça e o meu irmão Mário Fonseca fazíamos parte da delegação de escritores cabo-verdianos, a convite do então Ministro da Cultura, António Jorge Delgado. Muito diálogo, muita troca de ideias, nem sempre coincidentes, é certo, muita cumplicidade. Depois, Leitão da Graça assumiu a condição de membro da Comissão de Honra da minha candidatura presidencial, num contexto nada fácil (2001), condição que manteve na candidatura de 2011.
Um homem e um combatente de fibra, nem sempre bem compreendido, mas que marcou uma geração de luta.
Os meus sentimentos de pesar aos familiares, aos amigos e aos companheiros.
Mario Loff: No dia 12 de Setembro Amílcar Cabral fez mais um ano de vida, se tivesse vivo faria 91 anos, homem do povo e combatente de liberdade da pátria um líder político. Coincidência ou não ontem 13 de Setembro faleceu José Leitão da Graça um dos fundadores da UPICCV, e combatente de liberdade da pátria que ninguém lembra, um dos pouquíssimos homens neste mundo que ousou contrariar o Finado Amílcar Cabral.
Um líder politico que se destacou por ter defendido a consulta popular, estorvando os propósitos das Nações Unidas de entregar o poder em absoluto ao PAIGC/PAICV. Pois, por ter defendido esta ideia com unhas e dentes sofreu consequências terríveis, atentado contra a sua família, amigos e seguidores do seu partido, perseguições eram perpetuadas em Cabo Verde e no estrangeiro, mas nunca deixou de lado as suas ideia e convicções.
Há um ano tive a oportunidade de falar com ele, por pouco tempo, e foi suficiente para perceber que a historia ligado ao Amílcar Cabral e não só, é um filme muito bem Montado quando ele me diz “vocês os jovens de agora, são fáceis de serem enganados e manipulados, não sabem nada sobre os heróis desta terra….” Perguntei se realmente ele tinha chamado ao Cabral de prepotente?
Ele vira a cara e me diz …. Ele era um grande homem… mas prepotente. Depois ele entra no seu mundo num grande silêncio. Morreu na cidade de Tarrafal aos 83 anos de idade, talvez sem ter esperado um único sinal de reconhecimento pelo que ele fez por esta terra onde se imortaliza num aeroporto o nome de Nelson Mandela sem ele nunca ter visitado esta terra e este que é nosso nem se quer é falado no corredores dos ministérios, por isso que digo não venham depois com título póstumo.
Julio Soares: Homem que nunca concordou com o Amilca Cabral na questão da unidade Guiné Cabo Verde, o primeiro a lutar pela liberdade e direito democratica e regime de pluripartidarismo em Cabo Verde, coisa que o PAIGC/CV teve problema em aceitar. Cabo Verde perdeu mais um dos seus grandes homens. Os meus sentimentos à familia enlutada e que a terra lhe seja leve..
Oscar António Ribeiro: Um homem de verdade. Com ideias próprias, discutíveis, mas sempre em prol de uma causa:a independência de que ora desfrutamos. Devemos-lhe muito. Descanse em paz
Bruno Spencer: Foi com muita tristeza que tomei conhecimento do falecimento do Dr. José Leitão da Graça. Ele é de facto um combatente de liberdade da pátria. Lembro-me da sua chegada a Cabo Verde em 1974 e da perseguição que sofreu. Quando começou a caça aos anti-PAIGC, em Dezembro de 1974, protagonizada pelos militares portugueses e corroborada pelo PAIGC, Dr. Leitão não foi preso porque se encontrava fora do PAIGC. O que Dr. Leitão dizia na altura correspondente a verdade. Unidade Guiné e Cabo Verde não era possível e a história deu-lhe razão. Aproveito para apresentar à família, especialmente ao meu amigo, Dr. Camilo, as minhas mais sentidas condolências. Faço votos que Deus dê ao Dr. José Leitão da Graça eterno descanso e que a terra lhe seja leve.
Manuel S. Mendes Semedo: Um dos que abdicou da sua intelectualidade entregando_se a nobre causa da construção duma cidadania livre de pensamento e de acção, mas muito mal entendido, obrigou_se a sua retirada com perseguições inimaginadas. Um humilde Cristão Nacional, cuja Natureza já o levou ficando história por contar na primeira pessoa. Que a terra lhe seja leve, Deus lhe de um canto entre seus melhores Filhos. A família enlutada as minhas mais sentidas condolências e votos de uma boa consolação. Cabo Verde perdeu um dos seus grandes Filhos!
Alexandre Nuno Pires: Um exemplo de vida, sobretudo para os nossos jovens que se dedicam à actividade política. Um patriota, intelectual íntegro, coerente e fiel aos princípios pelos quais lutou.
Manuel Veiga: Acabo de tomar conhecimento do passamento do Dr. José Leitão da Graça, homem de fibra e convicções fortes, de antes quebrar do que torcer. Era uma figura que impunha respeito, mesmo quando não se estava de acordo com ele. Eu nutria por ele não só respeito, mas também estima. Trata-se de uma personalidade-referência cujas convicções filosóficas e práticas políticas merecem ser estudadas e divulgadas. À família enlutada - a amiga Garda, o Dr. Camilo Leitão da Graça, o Dr. Baleno e esposa - o meu profundo pesar e solidariedade.
Jorge Calos Fonseca: Acabo de saber da morte de José Leitão da Graça, após doença prolongada.
O nacionalista convicto, o lutador determinado e singular pela causa da independência do país. Um amigo mais velho, coerente e firme na amizade e na solidariedade, mas igualmente na defesa de ideias e de princípios.
Lembro-me ainda de uma visita ao Senegal para umas Jornadas de cultura Senegal-Cabo Verde no ano de 1999 (ou 2000), em que eu, Leitão da Graça e o meu irmão Mário Fonseca fazíamos parte da delegação de escritores cabo-verdianos, a convite do então Ministro da Cultura, António Jorge Delgado. Muito diálogo, muita troca de ideias, nem sempre coincidentes, é certo, muita cumplicidade. Depois, Leitão da Graça assumiu a condição de membro da Comissão de Honra da minha candidatura presidencial, num contexto nada fácil (2001), condição que manteve na candidatura de 2011.
Um homem e um combatente de fibra, nem sempre bem compreendido, mas que marcou uma geração de luta.
Os meus sentimentos de pesar aos familiares, aos amigos e aos companheiros.
Mario Loff: No dia 12 de Setembro Amílcar Cabral fez mais um ano de vida, se tivesse vivo faria 91 anos, homem do povo e combatente de liberdade da pátria um líder político. Coincidência ou não ontem 13 de Setembro faleceu José Leitão da Graça um dos fundadores da UPICCV, e combatente de liberdade da pátria que ninguém lembra, um dos pouquíssimos homens neste mundo que ousou contrariar o Finado Amílcar Cabral.
Um líder politico que se destacou por ter defendido a consulta popular, estorvando os propósitos das Nações Unidas de entregar o poder em absoluto ao PAIGC/PAICV. Pois, por ter defendido esta ideia com unhas e dentes sofreu consequências terríveis, atentado contra a sua família, amigos e seguidores do seu partido, perseguições eram perpetuadas em Cabo Verde e no estrangeiro, mas nunca deixou de lado as suas ideia e convicções.
Há um ano tive a oportunidade de falar com ele, por pouco tempo, e foi suficiente para perceber que a historia ligado ao Amílcar Cabral e não só, é um filme muito bem Montado quando ele me diz “vocês os jovens de agora, são fáceis de serem enganados e manipulados, não sabem nada sobre os heróis desta terra….” Perguntei se realmente ele tinha chamado ao Cabral de prepotente?
Ele vira a cara e me diz …. Ele era um grande homem… mas prepotente. Depois ele entra no seu mundo num grande silêncio. Morreu na cidade de Tarrafal aos 83 anos de idade, talvez sem ter esperado um único sinal de reconhecimento pelo que ele fez por esta terra onde se imortaliza num aeroporto o nome de Nelson Mandela sem ele nunca ter visitado esta terra e este que é nosso nem se quer é falado no corredores dos ministérios, por isso que digo não venham depois com título póstumo.
Julio Soares: Homem que nunca concordou com o Amilca Cabral na questão da unidade Guiné Cabo Verde, o primeiro a lutar pela liberdade e direito democratica e regime de pluripartidarismo em Cabo Verde, coisa que o PAIGC/CV teve problema em aceitar. Cabo Verde perdeu mais um dos seus grandes homens. Os meus sentimentos à familia enlutada e que a terra lhe seja leve..
Oscar António Ribeiro: Um homem de verdade. Com ideias próprias, discutíveis, mas sempre em prol de uma causa:a independência de que ora desfrutamos. Devemos-lhe muito. Descanse em paz
Bruno Spencer: Foi com muita tristeza que tomei conhecimento do falecimento do Dr. José Leitão da Graça. Ele é de facto um combatente de liberdade da pátria. Lembro-me da sua chegada a Cabo Verde em 1974 e da perseguição que sofreu. Quando começou a caça aos anti-PAIGC, em Dezembro de 1974, protagonizada pelos militares portugueses e corroborada pelo PAIGC, Dr. Leitão não foi preso porque se encontrava fora do PAIGC. O que Dr. Leitão dizia na altura correspondente a verdade. Unidade Guiné e Cabo Verde não era possível e a história deu-lhe razão. Aproveito para apresentar à família, especialmente ao meu amigo, Dr. Camilo, as minhas mais sentidas condolências. Faço votos que Deus dê ao Dr. José Leitão da Graça eterno descanso e que a terra lhe seja leve.
Manuel S. Mendes Semedo: Um dos que abdicou da sua intelectualidade entregando_se a nobre causa da construção duma cidadania livre de pensamento e de acção, mas muito mal entendido, obrigou_se a sua retirada com perseguições inimaginadas. Um humilde Cristão Nacional, cuja Natureza já o levou ficando história por contar na primeira pessoa. Que a terra lhe seja leve, Deus lhe de um canto entre seus melhores Filhos. A família enlutada as minhas mais sentidas condolências e votos de uma boa consolação. Cabo Verde perdeu um dos seus grandes Filhos!
Alexandre Nuno Pires: Um exemplo de vida, sobretudo para os nossos jovens que se dedicam à actividade política. Um patriota, intelectual íntegro, coerente e fiel aos princípios pelos quais lutou.
Manuel Veiga: Acabo de tomar conhecimento do passamento do Dr. José Leitão da Graça, homem de fibra e convicções fortes, de antes quebrar do que torcer. Era uma figura que impunha respeito, mesmo quando não se estava de acordo com ele. Eu nutria por ele não só respeito, mas também estima. Trata-se de uma personalidade-referência cujas convicções filosóficas e práticas políticas merecem ser estudadas e divulgadas. À família enlutada - a amiga Garda, o Dr. Camilo Leitão da Graça, o Dr. Baleno e esposa - o meu profundo pesar e solidariedade.
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