Conheça Ritchaz Ricardo Cabral, de nome artístico Ritchaz, nasceu em Lisboa, em 1988, filho de pais imigrantes, cabo-verdianos, em Por...
Ricardo Cabral, de nome artístico Ritchaz, nasceu em Lisboa, em 1988, filho de pais imigrantes, cabo-verdianos, em Portugal.
Com 13 anos começa a dar os seus primeiros passos na música. Por simples interesse e curiosidade pela música e a electrónica, começa a gravar alguns vocais num velho gravador de cassetes do pai, usando também um microfone feito de raiz, a partir de pequenas colunas alteradas, pelo jovem inventivo. Na altura cantava letras conhecidas de autores cabo-verdianos, e gravava brincadeiras com as irmãs e amigos.
Com cerca de 14 anos junta-se ao amigo Keky, com quem começa a compor letras de músicas, as quais foram sendo gravadas no gravador. Inicialmente as letras e improvisos musicais eram baseados no género Kuduro (género de música muito na moda, na altura, nos bairros de imigrantes e nas escolas entre os jovens de Lisboa).
Aos 15 anos, Ritchaz e Keky, para além de produzirem misturas de músicas africanas e norte-americanas como DJs, usando somente o computador (PC), fazem também a primeira gravação vocal com esse mesmo equipamento.
Na altura, as bases instrumentais eram retiradas em "loops" de Kizombas já comercializadas por artistas cabo-verdianos conhecidos no mercado. Ritchaz e Keky faziam vocalmente rap e canto em cima das melodias de Kizomba, inspirando-se assim em artistas cabo-verdianos como o Djedje e alguns outros imigrados nos Estados Unidos.
Em 2005, Ritchaz e Keky passam a explorar a programação instrumental musical a nível digital, produzindo instrumentais originais, os quais passam a ser a base sobre a qual os artistas cantam.
Em termos de género musical, a parte instrumental da musicalidade da dupla passou a ter forte influência do Techno, Reggae, Funana e Hip-Hop, criando assim uma identidade própria que definiu durante anos a sonoridade mestiça da dupla em concertos ao vivo e participações em colectâneas.
2007 é altura em que Ritchaz começa a aprofundar a aprendizagem do teclado e da guitarra clássica com o apoio de músicos como o Edno Ferreira e Maicam Monteiro. É nessa altura que começa a desvendar notas, acordes e a métrica musical. Pouco tempo depois, começa a fazer as suas primeiras canções para a música tradicional de Cabo Verde e música Pop.
Depois de actuarem em vários palcos e em alguns países, Ritchaz e Keky separam-se. E antes disso, em 2011 Ritchaz é convidado a fazer parte da banda de Reggae sediada na Amadora (Lisboa), a Luso United. Ritchaz passa a tocar teclado na Luso United. Paralelamente envolve-se em diferentes projectos ligados à música, entre outros a criação de um estúdio de música comunitário (Estúdio SomGráfico) no bairro Outurela de Carnaxide (Oeiras) juntamente com outros amigos e músicos como o Lejemea, Nhako Rapazinho, DJ Ozzy, Eu.G, Hélder MD e Keky. Ritchaz dá as primeiras aulas de viola na escola básica local também nessa altura, e faz a co-produção e o lançamento do álbum musical independente Proghetto, que contou com mais amigos e artistas como o Kotalumi, Lino Gomes, Maryto Pina, Jamba OPP, Nelson Pires, Gany Ferreira e muitos outros (26 pessoas no total).
Entretanto, Ritchaz começa a aprofundar o seu conhecimento de som e música frequentando dois anos de cursos relacionados em Lisboa, fazendo frequentemente trabalhos de gravação, produção, mistura e masterização para vários amigos e artistas (coisa que muito antes já acontecia mas de uma forma mais amadora).
Ritchaz toma mais contacto com a música tradicional de Cabo Verde aos 24 anos, 2012, altura em que se junta ao grupo Raboita, uma banda de música cabo-verdiana com óptimos músicos, compositores e cantores descendentes de Cabo-Verde, interessados nas músicas dos seus ancestrais como a Mórna, Batuku, Funana, Coladeira e Mazurca. A partir daí, Ritchaz para além de cantar, toca guitarra e baixo eléctrico.
E por fim, em 2014 Ritchaz decide deixar de tocar em bandas, para finalmente gravar o seu primeiro EP com Funanas lentos como música predominante. Contando com a participação dos artistas Tony Fika, Djoek e Vanessa Martins. Antes de esse EP ser divulgado, Ritchaz anda a preparar singles soltos de batuque e outros géneros musicais com outros músicos e amigos, para o ano de 2015.
Abril de 2015, Ricardo Cabral (Ritchaz)
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